sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cigana feiticeira...


Cigana feiticeira... Nômade do mundo...
Olhos de menina... Corpo de mulher...
Dona de gostosos mistérios, dengosa...
Sua sorte... Nas cartas pode prever!
Sabe o quanto é amada... Idolatrada!
Está em suas mãos o doce destino...
Saltita ela... Sobre o fogo da paixão...
Não importam as pedras do caminho!
Essa cigana tanto sofreu, tanto esperou!
Pisou em tantos espinhos, tanto chorou!
Levando na alma o seu cigano idealizado...
Aquele por quem tantas vezes suspirou!...
Agora o tem perto, tão seu, tão apaixonado...
Por esse amor conspiram os deuses, o céu!
Não há mais noites tristes, solitárias e frias...
Só a paixão lançando esfuziante escarcéu!
Baila a vida, bailam suas pupilas, o coração!
São duas crianças inocentes... Extasiadas...
Vivendo um afeto impar, um grandioso sonho!
Que lhes dá asas nas belas madrugadas!...
Faz-se o dia pura alegria... As noites mil fantasias.
Vão os dois sem ver maldades e nem ninguém...
No beijo que cura todas as dores passadas, vividas!
Embevecidos, unidos nesta vida e bem mais além!
Ainda que invejados, seguem corajosamente...
Dois amantes que o mal não separa, não vence,
Não amordaça... Não cala... Não amedronta!
Esse mundo de encanto e paixão a eles pertence!
Em sussurros desconexos e febris se deitam
Revestem-se de mil fagulhas seus desejos!...
Libertam-se de todos os tolos preconceitos...
E amam-se por inteiro.. Sem qualquer pejo!...

Mary Trujillo 

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