domingo, 9 de junho de 2013

A minha Feira


Os nossos feirantes
Surgem de todos os lados
Quantos de Vidas errantes
Muitas vezes humilhados

Mas não se rendem
Atendem a sua freguesia
Até à chuva vendem
São Poços de alegria

Cara alegre ou triste
Passeiam-se com altivez
A clientela resiste
E volta lá outra vez

Mais pregões são ouvidos
Lembrando preço e qualidade
Óculos, Sapatos, Calças, e Vestidos
Não lhes falta variedade

Restaurantes à volta da Feira
Trabalham a todo Vapor
Servindo comida Caseira
Confecionada com Amor

Os Ciganos Gente especial
Com bons preços e pregões
Fazem da Feira um Natal
Alegrando os Corações

Gritam, Saltam, chamam o Povo
Reclamam com a Clientela
Mostram um produto novo
Por uma pequena bagatela

Este produto não foi roubado
Segredam como foi conseguido
Se o Cigano fosse julgado
Muito Juiz, seria arguido

Compramos Monos e Lotes
Para bom preço vos oferecer
Ciganos não abandonam Velhotes
Porque é neles que está o saber

E as roupas coloridas
Dos jovens de pele morena
É alegria de suas Vidas
Ser Cigano vale a pena

Entrar nos Ciganos
É ultrapassar um Muro
Nas feiras onde compramos
Só reparamos no escuro

Das suas simples vestes
E dos seus tristes Rostos
Estes que conhecestes
Suportam muitos desgostos

Trabalhando em sofrimento
Sendo respeitados no meio
Elevam seu reconhecimento
Da Honradez como Esteio

Se aos Cães damos Bolos
Aos Ciganos não damos nada
Os Ciganos não são Tolos
Fogem da nossa Canzoada

Carlos Alberto

Bandeira Cigana


A Bandeira Cigana
De três cores é feita
Verde Chão, da Caravana
Azul do Céu, que os espreita

Ao centro, uma Roda Vermelha
Símbolo tradicional do movimento
Viagem que a Família espelha
Porque Cigano é Filho do Vento

Azul seu Teto de Liberdade
Verde de Terra coberta de Esperança
Cigano pertence a toda a Cidade
Perseguindo a Paz de perseverança

Roda da vida transporte de ilusões
De Vermelho do Sangue derramado
Alegria ao viver novas emoções
Cor e força, que homenageia seu legado

Roda ligada ao Azul e Verde da Bandeira
O Vermelho aludindo os duros Caminhos
Os Ciganos a Alma da Terra, Luz e Clareira
Carregando tradições brilhando sozinhos

Carlos Alberto

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sou uma cigana repleta de dor.


Sou uma cigana repleta de dor ...
Mas, que também sabe cantar o amor !
Sou nômade, pois não tenho moradia,
Mas, o meu coração mora na poesia !
Sou uma cigana, sou mistura de muitas raças.
O meu povo lutou contra muitas injustiças !
O meu vestido colorido e a minha rosa na cabeça,
fazem com que eu não me esqueça, da música, da ternura, da magia, e principalmente da poesia ! Porém,
tanto tempo se passou,e ainda nem sei, que tipo de cigana eu sou !


Será que sou a cigana Preciosa, Tão alegre, meiga e formosa
Que o poeta Lorca escreveu, Quando tudo escureceu ?
Será que sou a cigana Rosa Maria Madalena,Tão sedutora, singela e serena, Que o Sidney Magal cantou. Quando tudo se calou ?Será que sou a cigana Esmeralda,com o seu vestido rendado, e com seu espírito delicado, sincero e apaixonado ?
Será que sou a cigana Carmem de Bizet, Fazendo a maior confusão e o maior fuzuê na fábrica e no cais tirando toda a paz ?
Será que sou a cigana Dara, que conhece a magia rara ?
Será que sou a cigana Maria Quitéria, com sua alma brilhante e etérea?
Será que sou a cigana Klarissa, que toma banho de mar para se enxugar na brisa ?
Será que sou a cigana Yasmim? Com o seu lindo vestido de cetim, perdida num jardim sem fim ?
Será que sou a cigana Yanka, cheia de piedade tentando salvar alguém de verdade ?
Será que sou a cigana Nazira, Que odeia qualquer mentira ?
Será que sou apenas cigana,
Que com sua maravilhosa mantilha, e com o seu hálito de baunilha.
Seduziu o rei espanhol além da ilha?
Eu tenho as minhas cartas de tarô e as minhas castanholas, só não sei se sou uma cigana romena ou uma cigana espanhola.
Sou uma cigana repleta de dor, mas que também sabe cantar o amor !
Porém, tanto tempo se passou, e ainda nem sei que tipo de cigana eu sou.

**desconheço o autor.

Sou uma cidadã do mundo



Sou uma cidadã do mundo
Que tem o céu como morada
Percorro caminhos como gira mundo
Do meu amor nômade , acompanhada
Sob a luz das estrelas... numa tenda cigana
Em volta da fogueira, um cigano irreverente
Ao som do violino, cantando pra sua cigana
Num ritmo bem eloquente...
O bailado é constante e cadenciado
É magia, fogo e vento
O amor que sinto é desvairado
Congela meu pensamento
Mulher do fogo, terra e água
Lua, sol e primavera
Um coração livre de mágoa
Minha vida é eterna quimera
Vivo de acordo com o tempo
Sem pressa nem imposição
Sou livre para amar em qualquer tempo
Sou andarilha ... sou emoção
Nos amamos com tanta ternura
A lua nos testemunhando
A alvorada na sua brancura
A noite foi terminando
Saiu de mim aos poucos
Foi para outras paragens
Só a lembrança ficou
Desse amor cigano
Que tanto me amou!

Diná Fernandes

Existe uma floresta mágica



Existe uma floresta mágica,
em meio a Terra-De-Caraguatás,
lugar de bruxas e fadas,
duendes, gnomos também.
Nesta terra é claro
que ainda de faz-de-conta,
onde ao largo se encontra o mar,
em meio a mata-virgem,
ouvi uma cigana cantar
Um canto, tão lindo, tão forte,
que encanta a própia luz do luar,
e faz os habitantes da mata
pararem para ouvi-la cantar.
A linda Cigana de vestes coloridas como o arco-íris,
balança a saia, se faz movimento,
e dança...dança...dança!!!
E eu, assisto enebriado,
o mágico momento rogando a Lua,
Que me transforme em vento
e com toque de pura magia,
permita-me tocar teu corpo e ...
entre as flores...
de mansinho... te amar!!!

Plínio Parente

Alma cigana cheia de amor



Alma cigana cheia de amor
Saia rodada madeixas douradas
Escarlate sensual
Cabelos nos ombros perfume de flores
Seduzo o cigano com mel suave do amor
Teu corpo como raio de sol
Aquece meu corpo querendo amar
Ao som da zíngara cigana
Embriagas no rodopiar
No gingar dos quadris da cigana
com o perfume no ar
Ardente em chamas êxtase do amor
Amor cigano Quente e dourado
Sensual pleno amado

Catharina Dirce

Cigana lê a minha sorte



Cigana lê a minha sorte
diz se é vida ou morte este meu amor
Cigana de olhos morenos
ouve o meu lamento vem me socorrer
Neste mundo não há espaço
para este passo que eu quero dar
eu quero me deitar nas cartas
me fazer pirraça
me deixar sofrer
Uma luz que eu não vejo
um mundo que desconheço
mas que vive em mim eu sei
Muito negros tem os olhos
negros também os cabelos
brilham no fundo estrelas sem fim
Minha morena seja quem for
dê-me este verbo conjugue o amor
Cigana lê a minha sorte
diz se é vida ou morte este meu amor
Cigana de olhos morenos
diz se é profundo
o corte da paixão.


Jurema Barreto de Souza

A lenda de uma cigana


A lenda de uma cigana
Adormecida ao relento
Que perdeu a caravana,
Por seguir o pensamento
Tem dias em que anda pairando,
Nos rumos do mundo
Tem dias em que anda rolando,
Nas presas do tempo
Diz a lenda que a cigana,
Pelo caminho de onde viera
O xale tinha perdido,
E um vagabundo o trouxera
Sacudindo o pó e as mágoas,
Como se a cor acordasse
Num abraço dançou com ela,
Antes que o vento a roubasse
Só o vento nos roda a saia,
Só o vento nos faz dançar
Nos confunde os passos na areia,
Muda o rumo às águas do mar
No silêncio mal se ouviam,
Dançar descalços na areia
Numa noite quase fria,
Estava a lua quase cheia
E pra rasgarem o escuro,
Ou fugir à solidão
Ataram corpos cansados,
Na sombra vaga do chão
Quando o sol entorna o dia,
Ficara o xale esquecido
E os passos da cigana,
Já o vento tinha escondido
Ficou só o vagabundo,
Resgatando uma ilusão
Com a alma amordaçada,
Na palma da mão
Só o vento nos roda a saia,
Só o vento nos faz dançar
Nos confunde os passos na areia,
Muda o rumo às águas do mar.


Mafalda Veiga Lyrics

Uma marca existe em minha alma


Uma marca existe em minha alma
Traçada em vidas antigas
Essa marca me faz cigana
A mulher dos mistérios e das cantigas
Uma vida nova num mundo tão sem cor
Mas a mesma alma de sempre
Uma mulher comum que busca um amor
Mas cigana eternamente
Olha-me nos olhos e prenda-se
Veja-me bailar e renda-se
Sinta-me nos braços e siga-me
Envolvido, sentirás minha alma cigana
Espírito livre, solto, mundano, gitano
Andarilha da estrada e do coração humano
Em meus braços saberás que é para sempre
Que de meus encantos és cativo permanente
Em minha alma verás que amo-te intensamente
Mas uma cigana é pássaro solto
E isso não pode ser diferente
Porque tenho uma Alma Cigana
Sou uma mulher em milhares
Tenho um coração sem porto, sem ponto, sem lar
Estou em ti, e em quem mais me amar
Dançando, encantando, seduzindo com o olhar
E se tu me amas
Venha e beija-me, sinta-me, encanta-me
Ouve minhas juras, promessas e poesias
Eu não te mentirei, nem te enganarei
Mas se depois tudo mudar
Não é porque não te amei
É porque tenho uma Alma Cigana
E isso jamais poderei evitar

(autor desconhecido)

Há quantas eras nos queremos minha vida?


Há quantas eras nos queremos minha vida?
Voltei meu cigano, sou teimosa, voltei!...
Uma cigana nunca desiste, ama e insisti.
Você é meu, eu sei, eu sei, sempre o amei!
Na boca trago o beijo da saudade milenar.
Venho disposta a enlouquecer, quero amar!
Na minha dança frenética, quero prender
Seu corpo, beber seu licor, até o sol raiar!
Que essa fogueira seja eterna, luzindo,
Refletindo todo o desejo que nos queima.
A festa é nossa, o resto? – Pouco importa.
Sou sua cigana aquela... Doce e pequena...
O tempo passou, mas seus olhos são
Os mesmos, a paixão ainda está neles.
Tudo é tão mágico, insólito, tão quente...
Fascinada me vejo em seus olhos verdes.
Vai cigano, confessa, agora será para sempre.
Chega de adiar, negar o que o coração sente.
Pagamos o pecado, solidão de todas as vidas.
Sina cumprida, nova existência, alegria presente!
Viva nos dois viva o amor, o Criador!
O céu que nos assiste, a estrela guia!
Essa música que nos envolve e inebria!
Viva a nossa redenção, vida minha!...

Marilena Trujillo

Tímida


Tímida, porém elegante, 
Andar lascivo contrasta com a alma provocante,
fogo dentro das veias
quando ouve o som do violino e castanholas.
 Sensual dança para seu gitano. 
Dissimulando, afasta os olhos, 
Provoca insinuante até ele entrar na roda,
Fogueira ao lado mirando olhos nos olhos dança, 
o desejo arde nos dois corpos que se tocam,
o prazer da dança provoca suspiros de desejos, 
Frenéticos continuam a dança dentro de uma alegria sem fim,
de todas as mulheres, a mais bela, a mais travessa!

(Marta Peres)

Os meteoros dourados refulgem no fundo dos céus,



Os meteoros dourados refulgem no fundo dos céus,
Rasgando o futuro da alma sempre a caminho de Deus.
A música, mágica, mística, ofusca os mais belos astros.
Sol, amor, liberdade ficam como eternos rastros. Vem!
Caminhar é preciso.
O infinito é mesmo ali.
Deixe transbordar o suor.
O que conta é somente a vida.
Há mais adiante um campo
com água limpa e farta comida.
Foi na carta vinte e nove que tudo isto eu senti.
Nossas crianças (ciganas), são flores , donas do horizonte.
Nossas Mulheres (ciganas), rainhas.
Do amor doce fonte.
Os velhos (ciganos), nossa segurança.
Minas de imenso saber.
Os homens (ciganos), muralhas serenas a nos proteger.
Cresça, melhore, evolua, você que ainda é humano.
E um dia, quem sabe, poderá até chegar a ser cigano.
Viverá com nossa ciência.
Sorrirá com nossa alegria.
Saberá vir antes do sol e fazer o seu próprio dia.
Siga os sentimentos puros
E espalhe alegria em seu caminhar.
Siga a estrada da vida.
Faça do bem seu eterno altar.
E tudo o que for de bondade, siga.
Dance nossos cantos ufanos!
Siga-nos, siga-nos! Seja feliz.
Siga os ciganos.

Arael Magnovitch

Vem ao entardecer...


Vem ao entardecer...
Cigana errante, encantada
Roupa suave, tecido leve, pink,
ao vento, como num sonho!
Corpo esbelto, dança sensual...
Em seus cabelos negros, uma flor...
Em seus olhos verdes, o brilho do amor...
És linda, bem se vê!
Radiante como o Sol!
Seu brilho reflete a luz da magia, da esperança...
E de muita paz!
Observo em você sonhos desfeitos...
lágrimas ao deserto...
olhar perdido no firmamento, a espera de algo que nunca veio!
Agora, traz na alma a experiência..
No coração, a caridade...
Nas palavras, lições de vida
És um encanto,
mágica, companheira, confidente, conselheira!

(desconheço a autoria)

Cigana morena




Cigana morena
Cigana espanhola

Que ama tocar castanholas
Cigana Carmencita,minha cigana bonita
Minha cigana encantada
Cigana iluminada, f
ada,faceira!
Carmencita brilha em volta da fogueira
Dança e enfeitiça
Com seu pandeiro de fitas coloridas
E tiara de flores nos longos cabelos negros
Com seu olhar penetrante
Guarda os mistérios da vida
Enche de emoção nosso coração
Quando gira seus pés no chão
Carmencita é bonita
Com sua saia rodada abre meus caminhos
Nesta longa caminhada
É minha luz,é minha guia
Bonita cigana da Andaluzia
Protege-me noite e dia
Com perfume de jasmim
Com suas cartas sagradas
Com a energia das pedras trabalha
Esta no sol,esta na lua
é vento que refrigera minha alma
Em sua caravana ninguém ela engana
Carmencita minha andaluza cigana!

(ArtBraga)

Quem é a dona do jogo?



Quem é a dona do jogo?
Quem é que dá as cartas, embaralha,
Corta e dispõe sobre a mesa
Os segredos de nossas vidas?
É a Cigana, um espírito de luz,
Que nos a traz a beleza
Do arco-íris com a sua saia colorida.
Com o bater do seu pandeiro,
Lembra que precisamos de ritmo
E pulso para vibrar nossa energia.
Com seu baralho precioso nos adverte
Acerca dos perigos escondidos.
Em troca de moedas,
Enriquece nossas mentes
Com recursos inesgotáveis
Que nos tornam vencedores.
Antes de tudo, 
A Cigana é uma mulher também e,
Como toda a espécie feminina,
É uma rosa que desabrocha espalhando
Seu perfume e sua beleza por onde passa.