Surgem de todos os lados
Quantos de Vidas errantes
Muitas vezes humilhados
Mas não se rendem
Atendem a sua freguesia
Até à chuva vendem
São Poços de alegria
Cara alegre ou triste
Passeiam-se com altivez
A clientela resiste
E volta lá outra vez
Mais pregões são ouvidos
Lembrando preço e qualidade
Óculos, Sapatos, Calças, e Vestidos
Não lhes falta variedade
Restaurantes à volta da Feira
Trabalham a todo Vapor
Servindo comida Caseira
Confecionada com Amor
Os Ciganos Gente especial
Com bons preços e pregões
Fazem da Feira um Natal
Alegrando os Corações
Gritam, Saltam, chamam o Povo
Reclamam com a Clientela
Mostram um produto novo
Por uma pequena bagatela
Este produto não foi roubado
Segredam como foi conseguido
Se o Cigano fosse julgado
Muito Juiz, seria arguido
Compramos Monos e Lotes
Para bom preço vos oferecer
Ciganos não abandonam Velhotes
Porque é neles que está o saber
E as roupas coloridas
Dos jovens de pele morena
É alegria de suas Vidas
Ser Cigano vale a pena
Entrar nos Ciganos
É ultrapassar um Muro
Nas feiras onde compramos
Só reparamos no escuro
Das suas simples vestes
E dos seus tristes Rostos
Estes que conhecestes
Suportam muitos desgostos
Trabalhando em sofrimento
Sendo respeitados no meio
Elevam seu reconhecimento
Da Honradez como Esteio
Se aos Cães damos Bolos
Aos Ciganos não damos nada
Os Ciganos não são Tolos
Fogem da nossa Canzoada
Carlos Alberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário