Nascí entre as velhas
tendas,
em meio ao falar dos Ciganos
que narram à luz da lua
a fábula de uma branca cidade distante.
Nascí na miséria, entre os campos
ao longo do Beli Vit, sob plangentes salgueiros,
onde a angústia aperta os corações
e a fome pesa no saco de farinha.
Nascí num dia triste de outono
ao longo da estrada envolta em neblina,
onde a necessidade chora junto aos pequeninos
e a dor destila quente entre os cílios.
Nascí, e minha mãe morria.
O velho pai me lavou no rio:
por isso é forte hoje o meu corpo
e o sangue me escorre dentro impetuoso.
Usin Kerim, Cigano búlgaro nascido em 1929, durante uma parada da caravana às margens do rio Vit. A poesia a seguir faz parte de uma série de composições autobiográficas. Nesta ele narra o momento de seu nascimento, que coincide com a morte de sua mãe...
em meio ao falar dos Ciganos
que narram à luz da lua
a fábula de uma branca cidade distante.
Nascí na miséria, entre os campos
ao longo do Beli Vit, sob plangentes salgueiros,
onde a angústia aperta os corações
e a fome pesa no saco de farinha.
Nascí num dia triste de outono
ao longo da estrada envolta em neblina,
onde a necessidade chora junto aos pequeninos
e a dor destila quente entre os cílios.
Nascí, e minha mãe morria.
O velho pai me lavou no rio:
por isso é forte hoje o meu corpo
e o sangue me escorre dentro impetuoso.
Usin Kerim, Cigano búlgaro nascido em 1929, durante uma parada da caravana às margens do rio Vit. A poesia a seguir faz parte de uma série de composições autobiográficas. Nesta ele narra o momento de seu nascimento, que coincide com a morte de sua mãe...
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