terça-feira, 16 de outubro de 2012
Juro que vestirei a longa saia rodada
Juro que vestirei a longa saia rodada
Colocarei pulseiras douradas
Colares de vesta e blusa de seda
Dançarei sonhos noite a fora em volta do fogo...
Juro que serei apenas uma dançarina
Com uma flor sagrada nos cabelos
E o profano incendiando
O corpo com giros de desejos...
Juro que te darei a sedução em um xale
Transparente caindo na minha cintura
Deslizando pontas de movimentos
Conforme a música de um violão
Surgir na calada da tua imaginação...
Juro que trarei um pandeiro com fitas
Com tua inscrição colorida
Bailarei só pra teu olhar
Quando meu leque movimentar
No momento que a lua
No céu surgir pra me iluminar...
Juro pelo ar, pelo fogo, pela água.
E por fim juro pela Poesia dentro de mim
Que faz nascer esta dança pra ti.
Marli Franco.
Alma Cigana
Eu nunca fiz segredo que a minha alma é
cigana
perambula pelo mundo dança, canta, não engana.
Meu coração… esse já é português
tem sotaque e nostalgia lusitanos das margens do Tejo ficou freguês
e fados vive cantando.
Enquanto ele canta fados a alma toca castanholas
mas ambos se abraçam contentes numa moda de viola.
No bolero são renitentes não desprezam seu encanto
mas sonham noites e dias com a magia do tango.
Ah! eu jamais trocaria…
minha alma ou coração são livres como águias
no céu trapaceiam como irmãos.
Já estiveram na Grécia também em Jerusalém
mas a pátria deles e minha é a pátria que ninguém tem.
Amamos nosso Brasil nosso samba, o candomblé
praias de Santos ou Rio
quem é que não gosta e quer?!
Mas falando em governantes é saga que ninguém merece
por isso deixo minh’alma fazer o que lhe apetece.
Ela vê a sua sorte se assim o desejar
mas não lhe fala de morte pois segue essa linear.
A minha sorte eu não sei ver,
eu nunca consegui mesmo sendo tão cigana
não sei nem se eu já morri.
Se o meu amor foi na frente se ainda espera por mim
tudo que eu sei e que eu canto é só do que aqui vivi.
E da minha liberdade que a prezo mais que tudo
pois cigana de verdade não se prende nesse mundo!
Quem me conhece já sabe gosto de vermelho forte
nas minhas saias rodadas que dos dois lados tem cortes.
Pra facilitar a dança nos volteios deslumbrantes
que me tomam nos meus sonhos nos braços do meu amante.
Tenho uma rosa no peito bem lá dentro tatuada
esteve nos meus cabelos em outras vidas passadas.
Assim vou sendo feliz do meu jeito tão singular
que pouca gente me entende mas não lhes deixo de amar!
Tere Penhabe
perambula pelo mundo dança, canta, não engana.
Meu coração… esse já é português
tem sotaque e nostalgia lusitanos das margens do Tejo ficou freguês
e fados vive cantando.
Enquanto ele canta fados a alma toca castanholas
mas ambos se abraçam contentes numa moda de viola.
No bolero são renitentes não desprezam seu encanto
mas sonham noites e dias com a magia do tango.
Ah! eu jamais trocaria…
minha alma ou coração são livres como águias
no céu trapaceiam como irmãos.
Já estiveram na Grécia também em Jerusalém
mas a pátria deles e minha é a pátria que ninguém tem.
Amamos nosso Brasil nosso samba, o candomblé
praias de Santos ou Rio
quem é que não gosta e quer?!
Mas falando em governantes é saga que ninguém merece
por isso deixo minh’alma fazer o que lhe apetece.
Ela vê a sua sorte se assim o desejar
mas não lhe fala de morte pois segue essa linear.
A minha sorte eu não sei ver,
eu nunca consegui mesmo sendo tão cigana
não sei nem se eu já morri.
Se o meu amor foi na frente se ainda espera por mim
tudo que eu sei e que eu canto é só do que aqui vivi.
E da minha liberdade que a prezo mais que tudo
pois cigana de verdade não se prende nesse mundo!
Quem me conhece já sabe gosto de vermelho forte
nas minhas saias rodadas que dos dois lados tem cortes.
Pra facilitar a dança nos volteios deslumbrantes
que me tomam nos meus sonhos nos braços do meu amante.
Tenho uma rosa no peito bem lá dentro tatuada
esteve nos meus cabelos em outras vidas passadas.
Assim vou sendo feliz do meu jeito tão singular
que pouca gente me entende mas não lhes deixo de amar!
Tere Penhabe
Cigana bonita da pele morena
Cigana bonita da pele morena
com seu cabelo comprido e sua boca vermelha
envolve com sua dança e fascina com sua voz
Sentada à beira da fogueira
com uma taça de vinho na mão
A cigana descansa para logo dançar
Linda e faceira,rodopia sua saia
balançando seu lenço e balançando seu xale
Com muita sabedoria,ela lê sua mão
Com sinceridade diz a verdade
Bela cigana dos olhos de esmeralda
Lê sua sorte por amor e com amor
Enche de vida seu caminho
Pode abrir ou fechar as portas do destino
Sua estrada é trilhada com fé,sabedoria
Amor e muita alegria
Cigana Esmeralda um ponto de luz no caminho!
Daniela
Coração peregrino sem teto
Coração peregrino sem teto
na letargia do teu universo
nada leva e traz de concreto
que um rumo só, controverso
tão carente de carinho
vem pousar na minha mão
abre as asas no teu ninho
vem p'ra cá cigano coração.
como que encantos de fantasia
seu próprio mundo encantado
nasce enfim de uma alegria
Ah coração de peito apertado
que aos poucos se vai a energia
de sentimento ardil, decapitado.
Anna Müller
Me chamas de tua cigana a mais linda do bando de amor,
e da sedução, do amor feito feitiço.
Quando entro em teu sangue não saio nunca mais.
Meu amor é, feitiço é pura sedução.
E, tu sabes bem disto. te fito nos olhos, rodo minhas saias.
Bamboleio em meu andar só pra te, seduzir.
Um seduzir de paixão um seduzir ardente
Tal qual a fogueira que tenho em meu coração.
Uma fogueira viva, num amor de paixão
Onde queimo teu desquerer num querer de amor.
Em meu feitiço te envolvo de lá não poderás fugir
Meu cigano imponente a meus pés te terei.
Esta é tua sina. teu caminho de amor
Onde tu queres te perder com esta tua cigana de amor.
(desconheço autoria)
Que tipo de cigana eu sou?
Que
tipo de cigana eu sou?
Sou
uma cigana repleta de dor ...
Mas , que também sabe cantar o amor !
Sou nômade , pois não tenho moradia ...
Mas , o meu coração mora na poesia !
Sou uma cigana , sou mistura de muitas raças ...
O meu povo lutou contra muitas injustiças e desgraças !
O meu vestido colorido e a minha rosa na cabeça ...
Não querem que eu me esqueça ...
Da música , da ternura , da magia ...
E principalmente da poesia !
Porém , tanto tempo se passou ...
E , ainda nem sei , que tipo de cigana eu sou !
Será que sou a cigana Preciosa ...
Tão alegre , meiga e formosa ,
Que o poeta Lorca escreveu ...
Quando tudo escureceu ?
Será que sou a cigana Rosa Maria Madalena ...
Tão sedutora , singela e serena ...
Que o Sidney Magal cantou ...
Quando tudo se calou ?
Será que sou a cigana Esmeralda , com o seu vestido rendado ...
E com o seu espírito delicado , sincero e apaixonado ?
Será que sou a cigana Carmem de Bizet ...
Fazendo a maior confusão e o maior fuzuê ...
Na fábrica e no cais ...
Tirando toda a paz ?
Será que sou a cigana Dara ,
Que conhece a magia rara ?
Será que sou a cigana Maria Quitéria ...
Com sua alma brilhante e etérea ?
Será que sou a cigana Klarissa ,
Que toma banho de mar para se enxugar na brisa ?
Será que sou a cigana Yasmim ,
Com o seu lindo vestido de cetim ,
Perdida num jardim sem fim ?
Será que sou a cigana Yanka , cheia de piedade ...
Tentando salvar alguém de verdade ?
Será que sou a cigana Nazira ,
Que odeia qualquer mentira ?
Será que sou a cigana Maria Padilha ,
Que com sua maravilhosa mantilha ...
E com o seu hálito de baunilha ...
Seduziu o rei espanhol além da ilha ?
Eu tenho as minhas cartas de tarô e as minhas castanholas ...
Só não sei se sou uma cigana romena ou uma cigana espanhola ...
Sou uma cigana repleta de dor ...
Mas , que também sabe cantar o amor !
Porém , tanto tempo se passou ...
E , ainda nem sei , que tipo de cigana eu sou .
Mas , que também sabe cantar o amor !
Sou nômade , pois não tenho moradia ...
Mas , o meu coração mora na poesia !
Sou uma cigana , sou mistura de muitas raças ...
O meu povo lutou contra muitas injustiças e desgraças !
O meu vestido colorido e a minha rosa na cabeça ...
Não querem que eu me esqueça ...
Da música , da ternura , da magia ...
E principalmente da poesia !
Porém , tanto tempo se passou ...
E , ainda nem sei , que tipo de cigana eu sou !
Será que sou a cigana Preciosa ...
Tão alegre , meiga e formosa ,
Que o poeta Lorca escreveu ...
Quando tudo escureceu ?
Será que sou a cigana Rosa Maria Madalena ...
Tão sedutora , singela e serena ...
Que o Sidney Magal cantou ...
Quando tudo se calou ?
Será que sou a cigana Esmeralda , com o seu vestido rendado ...
E com o seu espírito delicado , sincero e apaixonado ?
Será que sou a cigana Carmem de Bizet ...
Fazendo a maior confusão e o maior fuzuê ...
Na fábrica e no cais ...
Tirando toda a paz ?
Será que sou a cigana Dara ,
Que conhece a magia rara ?
Será que sou a cigana Maria Quitéria ...
Com sua alma brilhante e etérea ?
Será que sou a cigana Klarissa ,
Que toma banho de mar para se enxugar na brisa ?
Será que sou a cigana Yasmim ,
Com o seu lindo vestido de cetim ,
Perdida num jardim sem fim ?
Será que sou a cigana Yanka , cheia de piedade ...
Tentando salvar alguém de verdade ?
Será que sou a cigana Nazira ,
Que odeia qualquer mentira ?
Será que sou a cigana Maria Padilha ,
Que com sua maravilhosa mantilha ...
E com o seu hálito de baunilha ...
Seduziu o rei espanhol além da ilha ?
Eu tenho as minhas cartas de tarô e as minhas castanholas ...
Só não sei se sou uma cigana romena ou uma cigana espanhola ...
Sou uma cigana repleta de dor ...
Mas , que também sabe cantar o amor !
Porém , tanto tempo se passou ...
E , ainda nem sei , que tipo de cigana eu sou .
Luciana R. Mallon
Minha alma cigana exulta de alegria
Minha alma cigana exulta de alegria
Viaja por todo o mundo com a velocidade do meu pensamento
Vê os mares, as matas, as flores, os amores...
Minha alma cigana não tem limites
Tudo que é belo me encanta e conquista
E faz com que eu não desista e insista na vida
Minha alma cigana me enche de vivacidade
Me faz encantar por todas as partes, cidades, lugares
Com a beleza da natureza me visto de vida, de ar, de amor...
Transmito paz, medito pra melhorar cada vez mais,
Para avançar, para me libertar,
Para me aproximar cada vez mais,
A cada passo, A cada dia, Sempre mais perto de Deus.
(desconeço autoria)
Lendo nas cartas o destino...
Lendo nas cartas o destino...
Cruel foi o desatino...
Pobre alma desencantada...
Cruel foi seu passado...
Onde nas cartas respostas...
Onde todo mistério...
Agora desvendado...
Por ele ela fora enfeitiçada...
Mas o destino cruel...
A fez seguir outro caminho...
Onde hoje já sem alegria...
A cigana nas cartas...
Anuncia-lhe um belo destino...
De pura magia...
Onde um belo moreno...
Tocador de violino...
Conquistara seu coração...
E a bela donzela...
Nas cartas do Tarô...
Acreditou depositando...
Na doce magia toda sua credibilidade...
(desconeço autoria)
Miríade de pirilampos desgovernados
Miríade de pirilampos desgovernados
invadem nuvens de pensamentos em novelos
jorrando fontes etéreas de sonhos ou pesadelos
nas ladeiras adormecidas das noites dos acordados...
Passado, presente e futuro fundem-se num só horizonte
padronizando rubis e esmeraldas no ontem, no hoje e no amanhã...
No ontem do carrinho de rolimã
no hoje da experiência rubra da romã
no amanhã da eterna tentação da maçã
e na contínua busca da asa perdida e irmã...
Buscas vegetais, amores minerais, paixões animais,
e um coração cigano que sempre dança querendo mais...
* desconheço autoria
Cigana, pitonisa do meu destino
Cigana, pitonisa do meu destino
Alimentadora do meu coração
Nas mãos procuras caminhos
Nos traços, patinas aventuras
Envolvente em teu linguajar
Esperanças a alimentar...
Ases, reis, damas, valetes, coringas
Bailam no ribombar das previsões
Incutem valores, certos amanhãs
Predizem malfadas estórias, aventuras
Cavalgas em ilusórias hastes mentirosas
Profetizas terrores, encantos, ternuras...
Cigana, gestos místicos, entonações
Mulher, germinas suspenses a dor
Explorando, oferecendo nos dizeres
Sustos e anseios cheios de amor
Numa fantástica argúcia inventas
Crias tudo, insinuando força, poderes
Jogo de cartas místicos, enganadores...
O que será meu amanhã?perguntam
Ela com a bola de cristal, mirando
As peças, montadas, contando
Olhos parados, sofisticados
Em querer ler tais passados
Prever amores desencontrados...
Acendendo velas, na mistificação
Fica somente, encarando, ludibriando
Cigana, mágoa das incertezas
Das correntes, das almas presas
Mas orgulho dos que acreditam
Nas esperanças que profetiza...
E, nas danças que tu deslizas
Qual espanhola assim vestida
Num eco a te pronunciar
Tu, cigana, bailas serena
Na mulher que se fantasiou
Na cigana, que enganou...
Myriam Peres
Não carrego nada comigo,
sequer lembro minha identidade.
Não tenho idade ou profissão, vivo.
Não tenho nacionalidade ou país, sou nômade.
Meu violino me acompanha nos dias e noites mais frios,
desses sem os sons do puro viver.
As delicadas pedras de cores cristalizadas e as moedas de cobre que adornam meu semblante,
nada mais são que lágrimas dos meus olhos que não permito anunciá-las por meu pranto. Quem sou?
Apenas uma cigana sem amor, sem amarras ou rancor.
Fite os meus olhos multicoloridos e descubra a verdade que, inquietantemente, persiste em se abrigar dentro mim.
Valéria Fernandes
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Liberdade...
Nós Ciganos só temos uma religião: a
liberdade.
Em troca dela renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à sua glória.
Vivemos cada dia como se fosse o último.
Quando se morre se deixa tudo: um miserável carroção ou um grande império.
E nós cremos que naquele momento é muito melhor termos sido Ciganos do que reis.
Não pensamos na morte. Não a tememos eis tudo.
O nosso segredo está em gozar a cada dia as pequenas coisas
que a vida nos oferece e que os outros homens não sabem apreciar:
uma manhã de sol, um banho na nascente,
o olhar de alguém que nos ama.
É difícil entender estas coisas, eu sei. Cigano se nasce.
Gostamos de caminhar sob as estrelas.
Contam-se coisas estranhas sobre os Ciganos.
Dizem que leem o futuro nas estrelas
e que possuem o filtro do amor.
As pessoas não creem nas coisas que não sabem explicar.
Nós, ao contrário, não procuramos explicar as coisas nas quais cremos.
A nossa é uma vida simples, primitiva.
Basta-nos ter o céu por telhado,
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes.
Spatzo (Vittorio Mayer Pasquale)
Em troca dela renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à sua glória.
Vivemos cada dia como se fosse o último.
Quando se morre se deixa tudo: um miserável carroção ou um grande império.
E nós cremos que naquele momento é muito melhor termos sido Ciganos do que reis.
Não pensamos na morte. Não a tememos eis tudo.
O nosso segredo está em gozar a cada dia as pequenas coisas
que a vida nos oferece e que os outros homens não sabem apreciar:
uma manhã de sol, um banho na nascente,
o olhar de alguém que nos ama.
É difícil entender estas coisas, eu sei. Cigano se nasce.
Gostamos de caminhar sob as estrelas.
Contam-se coisas estranhas sobre os Ciganos.
Dizem que leem o futuro nas estrelas
e que possuem o filtro do amor.
As pessoas não creem nas coisas que não sabem explicar.
Nós, ao contrário, não procuramos explicar as coisas nas quais cremos.
A nossa é uma vida simples, primitiva.
Basta-nos ter o céu por telhado,
um fogo para nos aquecer
e as nossas canções, quando estamos tristes.
Spatzo (Vittorio Mayer Pasquale)
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