sequer lembro minha identidade.
Não tenho idade ou profissão, vivo.
Não tenho nacionalidade ou país, sou nômade.
Meu violino me acompanha nos dias e noites mais frios,
desses sem os sons do puro viver.
As delicadas pedras de cores cristalizadas e as moedas de cobre que adornam meu semblante,
nada mais são que lágrimas dos meus olhos que não permito anunciá-las por meu pranto. Quem sou?
Apenas uma cigana sem amor, sem amarras ou rancor.
Fite os meus olhos multicoloridos e descubra a verdade que, inquietantemente, persiste em se abrigar dentro mim.
Valéria Fernandes
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