quarta-feira, 12 de março de 2014

Cigana lê a minha sorte,




Cigana lê a minha sorte,
diz se é vida ou morte este meu amor
Cigana de olhos morenos
ouve o meu lamento,

vem me socorrer neste mundo não há espaço 
para este passo que eu quero dar
Eu quero me deitar nas cartas
me fazer pirraça, me deixar sofrer
Uma luz que eu não vejo
um mundo que desconheço
mas que vive em mim eu sei
Muito negros são seus os olhos
negros também os cabelos
brilham no fundo estrelas sem fim
Minha morena seja quem for
dê-me este verbo
conjugue o amor
Cigana lê a minha sorte
diz se é vida ou morte
este meu amor
Cigana de olhos morenos
diz se é profundo o corte da paixão.


* Jurema Barreto de Souza

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