Salpicadas de estrelas.
Desmentem a vida em seus corcéis alados,
E viajam transportados pelos sonhos em seus dorcéis.
Penetrando nas curvas do infinito, disseminam sabedoria
Debulhadas nos mistérios que cercam seus menestréis.
Os alongados silêncios, com o fascínio da magia,
Envolvem os olhos alongados, que alcançam o íntimo da alma
Dos viajantes, arquejantes, na imensidão, que principia
Nos acampamentos, nos espaços e entre laços, até ao canto de infinita calma.
Entregam-se aos primores do aparato em uma marcha sem rumo,
Percorrendo vales e montanhas com sonhos ofertados pelo mundo.
Transformando em abrigo os campos,
Com teto de céu constelado,
Seguem contentes e viris desafiando pragmáticos,
O que demonstra febril, uma simples tenda nos matos.
Bravo povo corajoso! De peito aberto ao malsã,
Defende com galhardia, a sua vida, seu clã.
Valentes cruzam com a morte, sem espada e sem boréu
Fazendo de sua beleza as pompas de seu troféu.
Arde o fogo estilhaçando, e contornando o perfil
Do corpo que numa dança se entrega ao desafio
De vencer, de conquistar, de ao amor se entregar
Numa volúpia de intentos... exalam ao cantar
Melodias flamejantes em um delirante arquejar.
Solto assim, a bela cigana, acompanhando a miragem,
Enfeita com seus encantos a lúgubre paisagem.
Valorosos caminheiros que desafiando o tempo,
Ressurgem no ar primeiro, como do amor o mais sedento:
Os intrépidos aventureiros; filhos do sol e do vento.
* Rose Arouck
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