À beirinha do caminho,
Na carne nua sentindo
O verde fresco do trigo,
A cigana moça suava
E enchia as mãos com a terra
Que lhe servia de leito,
Enquanto para o céu rezava,
Que só o céu a cobria:
"Que a hora seja pequena!
A ceia não está feita,
A noite está a chegar,
E eu tenho tanto que andar!...”
E, enquanto ela assim dizia,
Ao lado do pão nascente,
Sozinha na mesma terra,
O ciganinho nascia…
* Maria José Rijo
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